XII Seminário – março/2016

Na segunda-feira, dia 28 de março de 2016, às 14h30, na Sala do Livid, no Departamento de Artes e Comunicação (DAC/UFSCar) reuniram-se os pesquisadores para a XII reunião do Cinemídia.

1. Apresentação

  • A professora Flávia Cesarino Costa apresentou o grupo de pesquisa para os novos integrantes.
  • Cada um dos participantes fez uma breve apresentação, com nome, breve histórico e projeto de pesquisa.

2. Discussão

A professora Flávia apresentou seu projeto, e a comunicação que será apresentada no encontro de trabalho com os pesquisadores do grupo Intermidia, que acontecerá em Reading, no Reino Unido.

Foi aberta discussão para que os participantes dessem suas sugestões e observações com relação ao projeto apresentado.

2.1 – Colocações professor Fábio Uchôa: Buscar um termo que una mais a ideia de performance com o cinema. Algo entre performance e mise-en-scène. Fábio  colocou a importância da discussão sobre o corpo e a performance em relação à mise-en-scène no cinema, que se relaciona com o assunto dos números musicais discutidos na apresentação. Como fica a questão do enquadramento e da iluminação, por exemplo? Também colocou que o debate dos anos 1940 e 1950 em relação à fotogenia, empreendido por Kracauer, Benjamin e inclui a questão da performance, que é um assunto central nesta comunicação, sugeriu que Flavia lesse estes textos, para trabalhar a questão de uma essência ou não na discussão da performance.

2.2 – Colocações pesquisadora Margarida Adamatti: Associar a figura da Eliana ao star system, encontrando informações sobre sua vida e participação nos filmes em revistas especializadas da época. Mais do que a ambiguidade e oposição entre a população negra e branca, os filmes apresentam uma oposição entre a cultura popular e a cultura erudita (vulgarizada), podendo ser este o eixo de ligação entre todo o trabalho e sua linha temporal. Como pensar a ambiguidade dela nas situações em que aparece nestes números musicais? Por exemplo, em relação aos ricos, ela é diferente, em relação aos negros da favela, também. Há um espaço vazio que lhe dá esta capacidade de atuar, faz com que ela posso ocupar estes lugares?? Por exemplo, discutiu-se que não haveria como um negro fazer estes seus papéis naquele tempo. Margarida falou também que pode ser estudada a evolução da relação dos números com a câmera. Em relação aos números musicais do Macedo, ela ressaltou a presença de uma relação/fronteira entre o popular estilizado e o erudito vulgarizado que vale a pena aprofundar. Recomendou texto do Marcos Napolitano que trata das concepções do popular, e as visões românticas desse popular que circulam no Brasil.

2.3 – Colocações de Debora Taño: Para restringir um pouco o amplo tema da oposição cultura popular vs. erudita, observar estas ambiguidades dos filmes a partir das mídias que os formam e como a diferença entre as culturas aparece em cada uma delas e depois refletidas nos filmes. Definição do termo performance – discussão ocorrida em mesa sobre Som na Socine 2015 (ver com Suzana mais detalhes).

2.4 – Colocações de Emerson Martins: Percebeu uma falta de sincronia da ação dos músicos com o áudio, que não se restringe à sincronia, mas também à aparência de que aqueles atores não sabiam o que fazer com o instrumento. São realmente músicos? Qual a forma de produção desses números musicais?

2.5 – Michele Delbon e Giovanna Consentini também contribuíram com a discussão, mas Flávia se perdeu em suas anotações.

A professora agradeceu as intervenções e sugestões de todos.

3. Outras resoluções

  • Para a próxima reunião, a ser realizada dia 25 de abril, o grupo acha interessante que os professores Luciana, Samuel e Suzana apresentem suas respectivas pesquisas para que todo  grupo possa discuti-las, assim como foi realizado nesta reunião. As observações colocadas pelos participantes foram consideradas proveitosas pela professora Flávia e foi levantada a importância deste tipo de discussão para colaboração em cada um dos projetos desenvolvidos. Como é um momento em que as discussões não precisam ser muito curtas, Flavia sugeriu que se discuta um ou dois dos projetos, e na semana seguinte poderia se discutir o projeto do professor restante e mais o projeto de um aluno também. Houve consenso que este tipo de discussão de projetos é fundamental para os alunos e deve ocupar também um tempo nestas reuniões.
  • Ficou combinado que a bolsista Melina auxiliará ativamente na edição dos anais do Congresso Cinemídia 2015, e que neste tempo em que os professores estarão fora ela trabalhará supervisionada pela Debora Taño, que também faz parte da equipe.